A inadimplência acima de 30 dias da taxa de condomínio foi de 10,6% no acumulado do primeiro semestre deste ano. Levantamento da plataforma para mercados condominial e imobiliário Superlógica, o índice variou de 10,9% em janeiro para 10,3% em junho. A empresa esteve no evento Conecta Imobi 2024, que aconteceu entre nos dias 11 e 12, em São Paulo.

    Entre os estados, Goiás lidera o ranking de inadimplência da taxa condominial, com 20,9%. Em seguida aparecem Mato Grosso (20,3%) e Amazonas (15,9%). Em São Paulo, a média de inadimplência foi de 9,5%, enquanto no Rio de Janeiro foi de 11,4%.

Judicialização da dívida e leilão do imóvel

    Em junho de 2024, o mapa da inadimplência da Serasa indicou que 72,50 milhões de brasileiros tinham dívidas ou contas em atraso. João Terra Baroni, diretor da unidade de crédito da Superlógica, explica que, quando enfrentam uma situação financeira crítica, os moradores tendem a priorizar o pagamento de contas que consideram mais importantes.

    Quando se está em uma situação financeira complicada, muitas vezes o morador opta por pagar as contas que considera mais importantes, como água, luz ou a parcela de financiamento do imóvel. Entretanto, a taxa condominial, se acumulada, pode levar à judicialização da dívida e à colocação do imóvel em leilão — diz.

Aumento da taxa de condomínio

    O levantamento da Superlógica também identificou que o percentual de aumento da taxa de condomínio foi de 3,59%, em média, superando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 2,48% nos primeiros seis meses do ano. Os valores médios passaram de R$ 742,26 em janeiro para R$ 768,97 em junho. Entre os estados com as taxas mais altas estão Ceará (R$ 1.289,75), Pernambuco (R$ 1.263,85) e Amazonas (R$ 1.087,50).

    Para Baroni, a falta de previsibilidade é a principal dificuldade enfrentada pelos condomínios devido à inadimplência.

    O condomínio com uma taxa de inadimplência muito elevada enfrenta uma série de problemas, pois as obras de melhoria e até mesmo manutenções importantes deixam de ser realizadas por falta de recursos — avalia.