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Santos,04/12/2024

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Médico é assassinado por PM após tentar arrombar apartamento de duas mulheres com extintor de incêndio, no condomínio onde morava

Caso aconteceu no bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife. Polícia Civil investiga circunstâncias da morte.

G1
Médico é assassinado por PM após tentar arrombar apartamento de duas mulheres com extintor de incêndio, no condomínio onde morava Médico foi morto no edifício Itaparica, no bairro da Encruzilhada — Foto: Reprodução/TV Globo

    Um médico foi morto por um policial militar, na manhã deste domingo (1º), após tentar invadir o apartamento de duas mulheres, no prédio onde morava. O caso aconteceu no bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife

    A TV Globo apurou que o médico se chamava Flávio Augusto de Oliveira Santiago. De acordo com policiais civis que estiveram no local, ele era morador de um dos três blocos do edifício Itapiraca, localizado na rua Larga do Feitosa.


        Segundo informações repassadas pelos agentes de segurança:


  • Flávio Augusto tentou arrombar e invadir o apartamento de duas mulheres que moram em outro bloco do mesmo condomínio;
  • Em meio a um surto, por volta das 5h, ele teria utilizado um extintor de incêndio para tentar derrubar a porta do apartamento das mulheres;
  • Uma delas ligou para o irmão, que é policial militar;
  • O PM foi até o local com uma pistola 9 milímetros e atirou contra o médico diversas vezes.


    Em entrevista à TV Globo, o perito criminal Daniel Pires explicou que, até o momento, não foi estabelecida nenhum relação entre o médico e a as mulheres que moravam no apartamento que ele tentou arrombar. O homem morreu no local.


"Elas pediram socorro, acabaram ligando para um parente delas que é policial militar, e ele prontamente foi lá prestar socorro a seus familiares. Na tentativa de impedir aquele arrombamento, acabou realizando disparos de arma de fogo e a pessoa que estava tentando esse arrombamento veio ao óbito no interior do prédio ainda", disse o perito.


    Ainda de acordo com Daniel Pires, foram encontrados comprimidos na roupa do médico e, na casa dele, um atestado de afastamento do trabalho para tratamento mental. Familiares informaram à polícia que ele convivia com esquizofrenia e depressão.


"Quando foi feito o exame na vítima, foi identificado que ele estava com uns comprimidos no bolso. Foi feito também um exame na residência da vítima, onde foi encontrado ali uma gama grande de medicamentos, inclusive vários de uso controlado, e um atestado médico psiquiátrico, que aponta que ele estava passando por um tratamento de alguns transtornos psiquiátricos", apontou.


    Após o crime, o policial militar se apresentou voluntariamente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. As duas mulheres também foram ao local para prestar depoimento.

     Em contato com o g1, a defesa do policial disse que ele foi liberado após prestar depoimento.

   Também procurada pelo g1, a Polícia Civil disse que registrou uma ocorrência de tentativa de violação de domicílio e um homicídio consumado. De acordo com a corporação, a vítima “foi encontrada sem vida em uma residência”. Não foi divulgado, no entanto, em qual das residências o corpo foi encontrado.


    Procurada pelo g1, a Polícia Militar informou que foi acionada para uma ocorrência de tentativa de homicídio através do 13º Batalhão. Segundo a corporação, "um homem teria tentado invadir uma residência, entrando em confronto com o irmão da moradora, que é policial militar. No confronto, o militar atirou contra o invasor em legítima defesa".


    A PM confirmou que o policial se apresentou à Polícia Civil e disse que o caso será investigado através da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios.




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